Cenário da Indicação Geográfica da agropecuária goiana é tema de live transmitida pela Emater

Profissionais da Emater e do Ministério da Agricultura falaram sobre os casos do queijo cabacinha, da banana de Buriti Alegre, do polvilho do Cará e da marca coletiva Kalunga

O Emater Ao Vivo, programa semanal de lives da Agência Goiana de Assistência Técnica, Extensão Rural e Pesquisa Agropecuária (Emater), exibiu nesta quarta-feira (06) mais uma palestra sobre o cenário da Indicação Geográfica (IG) da agropecuária no Estado. Desta vez, os focos foram a banana produzida na região de Buriti Alegre, o queijo cabacinha, o polvilho do Cará e a marca coletiva Kalunga.

O ciclo de apresentações foi aberto pela engenheira agrônoma da Emater, Márcia Maria de Paula, uma das responsáveis por acompanhar o processo de obtenção da IG do queijo cabacinha, iniciado em 2011 e ainda em andamento. Declarado oficialmente como Patrimônio Cultural do Estado de Goiás, o alimento é fonte de renda de cerca de 500 agricultores familiares dos municípios de Mineiros, Santa Rita do Araguaia, Portelândia, Doverlândia e Perolândia. 

A profissional explicou que a Indicação Geográfica é um registro conferido pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) a produtos ou serviços que carregam características únicas graças a seu local de origem. Assim, além de preservar as tradições locais, a IG diferencia o produto, melhorando seu acesso ao mercado e impulsionando o desenvolvimento regional.

Além do queijo cabacinha, outras mercadorias contam com o apoio da Emater para a aquisição do selo. O requerimento da IG para a banana produzida na região de Buriti Alegre teve início em 2016, por meio de convênio firmado entre a Agência Goiana e o Mapa. A cultura é uma das principais fontes de renda dos agricultores familiares daquela área, que engloba também as cidades de Goiatuba, Itumbiara, Morrinhos, Água Limpa e Panamá. As informações foram apresentadas pela tecnóloga em Gestão Ambiental da Emater e coordenadora do processo, Isabela Lima.

Em seguida, o fiscal agropecuário do Ministério da Agricultura, Rodrigo Batista de Paula, apresentou uma palestra sobre Indicações Geográficas nas esferas associativistas e cooperativistas, trazendo como exemplo dois cases, o polvilho do Cará e a marca coletiva Kalunga. Em 2012, a comunidade do Cará começou a busca pelo registro de IG em decorrência da tradicional produção de polvilho, realizada na região desde a década de 1950. Hoje, a cooperativa responsável pela fabricação do produto conta com 51 famílias, que produzem cerca de 60 toneladas de polvilho por mês.

De acordo com Rodrigo, as marcas coletivas identificam e distinguem produtos ou serviços originados por membros de determinada entidade coletiva, como associações, cooperativas, sindicatos, consórcios. No caso da comunidade Kalunga, que está sendo trabalhada desde 2015 por profissionais do Mapa, Emater e Universidade Federal de Goiás (UFG), foi identificada grande variedade de produtos, o que demanda para o caso a estruturação de uma marca coletiva ao invés do registro de IG.

Confira as palestras na íntegra:

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