Emater assiste projeto de cultivo de manga pioneiro em Acreúna-GO

Iniciativa busca tornar a propriedade mais produtiva que a média convencional. Primeira colheita está estimada em 30 toneladas por hectare | Imagem: Divulgação/Emater

A Região Sul de Goiás está prestes a ver em ação um projeto pioneiro de cultivo de manga palmer, implantado com apoio do Governo de Goiás, por meio da Agência Goiana de Assistência Técnica, Extensão Rural e Pesquisa Agropecuária (Emater), em uma pequena propriedade no município de Acreúna. Serão aproximadamente 15 hectares voltados para o plantio da variedade, que vem conquistando espaço entre a agricultura familiar.

Localizada no distrito de Arantina, o Sítio Oliveira, do produtor rural Kosmo Lima Oliveira, já recebeu uma equipe de profissionais da Emater para a avaliação da área e prestação de orientações técnicas. Inicialmente, a propriedade, herdada do avô, investia apenas em cultivo comercial de laranja. “A manga tem durabilidade maior”, afirma Kosmo. “A expectativa é alta, pois apenas um pé é capaz de produzir bastante fruto”.

A assistência técnica, realizada pelo técnico em agropecuária José Maria dos Santos, é o ponto-chave da iniciativa, cujo objetivo é tornar o espaço mais produtivo do que a média convencional. A previsão é que o volume da primeira colheita seja de 30 toneladas por hectare. É natural que as colheitas posteriores sejam menores, com média de oito a dez toneladas por hectare. 

Durante a avaliação, o especialista em fruticultura e coordenador regional da Emater, José Luiz Pereira Lopes, explicou ao produtor as técnicas de adubação e aspectos sobre os tratos culturais. “O segredo da manga está na qualidade. Se o fruto não apresentar qualidade, o preço cai. Por isso, a atenção no estágio inicial é fundamental e é importante o acompanhamento técnico de profissionais habilitados durante todo o processo”, destaca José Luiz.

Além de elevar os rendimentos do agricultor familiar, o empreendimento deve gerar oito empregos diretos durante o período de cultivo e 20 na época de colheita. O custo inicial do investimento é de cerca de R$ 30 mil por hectare, com margem de lucro de 70% garantido pelo manejo adequado.

Coordenador regional da Emater e especialista em fruticultura, José Luiz, orienta trabalhadores rurais sobre cultivo de manga | Imagem: Divulgação/Emater

Goiás em ascensão 

O Estado passou de 18º para 15º maior produtor de manga, entre 2017 e 2019, segundo a Radiografia do Agro, publicação da Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa). Os dados mais recentes apontam que a safra goiana atingiu a marca de mais de 1.200 toneladas, produção oriunda de 86 hectares de área plantada, em 59 estabelecimentos rurais.

O cultivo comercial de manga ainda é restrito. Naquele ano em que o último levantamento foi realizado, apenas os municípios de Cristalina, Abadia de Goiás e Campinorte contavam com propriedades produtoras do fruto. Por outro lado, o consumo de manga no Estado é expressivo. Em 2020, quase 15 mil toneladas foram comercializadas nas Centrais de Abastecimento de Goiás (Ceasa-GO), gerando uma receita de R$ 40 milhões.


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